31 agosto 2006

a linguagem na produção de conhecimento
o objetivo de problematizar esse tema é considerar novamente a natureza de processo da aprendizagem que se perde no discurso objetivo de nossas disciplinas que tornam seus objetos em objetos estáticos;
a linguagem e os conceitos são considerados como objetos estáticos, daí começa o problema, que tenderá a reprodução de um mundo em que o processo é alijado;
operar com a linguagem respeitando a natureza de processo dos devires requer que reconheçamos e dominemos a arte do devir na linguagem, em que a linguagem antes de qualquer vontade de representação, simule e queira simular em seu corpo o processo com o qual entra em simbiose;
este método da implicação é em que estamos trabalhando há séculos para constituir possibilidades de saída do universo da convergência, saída para referências outras;
a possibilidade de operar com a dinâmica do sentido nos libera para o puro devir; rompe-se com unidades pré-estabelecidas, a vontade de verdade é evidenciada como processo de reafirmação de antigas referências voltadas para o processo de representação, no qual a linguagem transparente refere-se a algo que está para além dela, sendo representado por ela, reduzindo dessa forma o seu caráter produtor ou reprodutor no processo de que participa;
sem esta quebra epistemológica não é possível referir-se – que dirá apreender em linguagem – as propostas de trabalho dos professores indígenas;
sem definir referências outras nesse universo dos pensamentos das diferentes culturas, não é possível apreender o que as experiência em produção de conhecimento dos professores indígenas significam, ou o campo de significados que elas criam;
para tanto, é necessária uma crítica da linguagem que nos prepare para penetrar em tal campo, uma crítica que situe o código verbal nas especificidades deste plano epistêmico/epistemológico;
tal crítica deve evitar parte das refrações em que somos pegos pelas miragens resultantes de nosso discurso científico embebido de homogeneidade, vontade de verdade e tendendo á convergência, naturalizando-a;
situar-se no plano da linguagem, aqui, é uma conquista que permite desmontar diversas armadilhas;

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