07 julho 2006

reverter o platonismo significa então: fazer subir os simulacros, afirmar seus direitos entre os ícones ou as cópias; o problema não concerne mais à distinção essência-aparência, ou modelo-cópia; esta distinção opera no mundo da representação; trata-se de introduzir a subversão neste mundo, ‘crepúsculo dos ídolos’; o simulacro não é uma cópia degradada, ele encerra uma potência positiva que nega tanto o original como a cópia, tanto o modelo como a reprodução; pelo menos das duas séries divergentes interiorizadas no simulacro, nenhuma pode ser designada como o original, nenhuma como a cópia;
platão e o simulacro: 267

redefinir referências para se deslocar no campo dos simulacros, definir coordenadas próprias a este campo, que não sejam transposições refratárias do plano da representação, da dinâmica do plano de transcendência, de suas categorias;
nietzsche: seu trabalho consiste em redefinir as coordenadas da filosofia: para tanto, começa e recomeça diversas vezes, compõe obras paralelas, abrindo veios para direções diversas, instaurando campos e complexos de coordenadas divergentes;
filosofar com o martelo: instaurar o plano de imanência implica abolir o campo de referências da representação; não é mais questão de dizer ou significar, é de fazer e de funcionar;
o campo de referências com que opera pensamento histórico-transcendental do sec. XIX é o campo de referências da representação;


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