02 junho 2006

se entrega corisco...
mais forte são os poderes do povo...

chauí define o seu objetivo em brasil, mito fundador: não é elaborar uma história do brasil, e sim, o processo de constituição do semióforo brasil;
assim, ela discrimina duas instâncias distintas; uma da história, que se desenha como pano de fundo à construção de outra, o mito fundador que caracteriza a imagem do brasil e do brasileiro;
a distinção dessas duas instâncias é um processo fundamental para o antropólogo, para a compreensão do processo político que se constitui no processo da construção do pensamento social: historia, sociologia, antropologia;
aqui, compreende-se que o processo de constituição antropológica brasileiro possui uma zona intersticial, que é confundida no pensamento positivista que constitui o nosso pensamento;
a apropriação política do conhecimento em ciências humanas num primeiro momento, e das ciências naturais então, é caracterizado como instância distinta à história materializada;
em nosso processo, neste processo, quanto mais nos dedicamos à afirmação positiva da imagem do brasileiro, uma imagem científica, inspirada nas ciências naturais, maior foi o teor político ideológico de nosso discurso antropológico;
é esse processo de apropriação da imagem do brasil e do brasileiro e sua utilização pelas elites brasileiras que a autora analisa como discurso autoritário, visto que ele produz uma imagem sob medida para aquilo que convém a essas elites de acordo com o momento;
dessa forma, a autora nos revela como se dá o processo de constituição da antropologia brasileira, da construção da imagem do brasileiro e de como essa imagem, elaborada por nossas ciências sociais, sustenta as ações políticas do estado;

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