14 junho 2006

“a historicidade ‘evolutiva’, assim como se constitui então – e tão profundamente que ainda hoje é para muitos uma evidência – está ligada a um modo de funcionamento do poder, da mesma forma que a ‘historia-rememoração’ das crônicas, das genealogias, das proezas, dos reinos e dos atos esteve muito tempo ligada a uma outra modalidade do poder...”

lembrava ontem de benjamin: o processo é o produto, e bachelard, por falar em história, ou epistemologia: os fatos são feitos, aqui, já no universo de nossas teorias e, principalmente, de nossos métodos;
a lembrança me remeteu aos seus escritos sobre a fotografia como saída para se reformular a dinâmica evolucionista de se pensar a história;
a fotografia, para benjamin, redefine a história contada pelo discurso verbal, cuja natureza é seqüencial; em nove teses sobre a história, a dinâmica de sua inscrição de uma história propõe uma história que parece escrita por iluminações;
depois de lembrar esse seu viés, corri às páginas finais da segunda dissertação da genealogia da moral, para conferir a concepção de genealogia aí esboçada;
realmente batem tais concepções, enviando, no que nos interessa, ao método etnológico de lévi-strauss em sua intenção de romper com o método histórico da sociologia e sua dinâmica evolucionista, marcante na gênese da antropologia;

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