12 maio 2006


“...em nossas sociedades, os sistemas punitivos devem ser recolocados em uma certa ‘economia política’ do corpo: ainda que não recorram a castigos violentos ou sangrentos, mesmo quando utilizam métodos ‘suaves’ de trancar ou corrigir, é sempre do corpo que se trata – do corpo e de suas forças, da utilidade e da docilidade delas, de sua repartição e de sua submissão.” (vigiar e punir:28)

no direito, nas instâncias jurídicas, nos sistemas punitivos é que estão enraizados todo o complexo disciplinar; o corpo como foi utilizado e estudado com os suplícios – lembrando sempre que a ciência das torturas constituem nossos primeiros estudos fisiológicos: saber exatamente quanto de dor um corpo agüenta...;
é o controle dos corpos que permite a instauração do discurso das disciplinas que irão se constituir nesse universo, do discurso das instituições irão se organizar em torno da vigília e do controle dos corpos: a igreja é substituída pela escola, pela fábrica, pelo hospital, pela creche, pela clínica, por todas essas instituições que estabelecem saberes, discursos racionais sobre o controle de corpos e almas;
a produção de saber está estreitamente ligada à produção de controle; a criação de disciplinas, de ciências, de cadeiras etc relata em seus discursos os processos de configuração dos campos sociais de controle e coerção pelas instituições;

Visitor Map
Create your own visitor map!