15 maio 2006


abc da antropologia 2
“por oposição ao discurso epistêmico, o discurso estrutural sobre os mitos, o discurso mito-lógico deve ser ele próprio mito-morfo. deve ter a forma daquilo de que fala.” (a escritura e a diferença: 241)

a perspectiva, no entanto, não se restringe ao mero ponto de vista narrativo, como se pensou no quid pro quo da observação participativa e do relativismo, ela consiste numa crítica profunda da linguagem, visto que não só o método ocidental domina o pensamento outro e a forma de expô-lo, como também a linguagem por ele utilizada, seu código;
o pensar deixa de ser o pensar determinado pelo saber ocidental, pela razão ocidental; o pensar pode buscar outras razões que constituam o saber: a questão passa a ser: quais as condições? qual a política?
ao se dar conta disto, o pensamento ocidental se volta sobre si mesmo, sobre seu próprio corpo, sobre sua própria materialidade;
deslocar o problema do conteúdo para a forma; dar-se conta de que o meio determina a mensagem; como o outro vê e como constitui, como cria seu olhar sobre o universo; em qual campo se joga?
não significa idealizar o modo de ver do outro, pois o foco está sobre: como esse olhar do objeto pode reconfigurar meu olhar solitário;
praticamente consiste em operar e criar com recursos narrativos abertos com a abordagem da crítica ao discurso histórico transcendental, lê-se metafísica, do séc. XIX;
assim, operando com o devir, a forma passa a contar com um coeficiente de abertura que possa receber do percurso elementos para seu método;
traçam-se assim elementos que podemos denominar de oraculares;

Visitor Map
Create your own visitor map!