24 abril 2006


genealogia da moral
todo o projeto está inscrito aqui: o projeto de ruptura com o método histórico-transcendental da tradição metafísica está inscrito na genealogia;
sua dobra sobre si, sobre o corpo, sua volta sobre a imanência, propõe-se como abordagem antropológica do poder; o que se chama antropológica aqui é essa dinâmica discursiva com que se analisa o poder, rompendo com a análise objetiva resultante do método histórico;
uma abordagem da imanência do poder fornece outra perspectiva;
na primeira dissertação há uma proposta de abordagem dos valores via imanência, tal como uma aplicação da moral aristocrática (ativa);
em oposição a esse regime valorativo aristocrático o autor deslinda toda a tradição que fundamenta o método histórico-transcendental do século XIX;
essa tradição é a da metafísica que remonta aos gregos e predomina tanto sobre o regime moral ocidental com o cristianismo, como tem seus desdobramentos nesse pensamento filosófico e científico, caracterizando sua concepção de verdade;
romper com esse modelo de observação do mundo e propor um método que o penetre com o corpo, que não se exclua do conhecimento elaborado; requer-se rever a moral ocidental, a ciência ocidental, a política ocidental;
tal dobra vem sendo gestada, intuída, elaborada, no entanto, a abordagem histórica ainda se modela baseada em seus princípios;
produção de valores, produção de sujeitos, produção de desejo: todo esse problema já é claramente abordado por Nietzsche; sua busca pelo homem ocidental é a busca da gênese do sujeito, de uma filosofia que tem o sujeito por pressuposto;
é essa imagem do sujeito que ao método histórico transcendental do século XIX;

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