03 abril 2006




galgou-se um percurso na filosofia que tem como marco inicial o sábio predestinado do oráculo de Delfos; com ele o homem tem notícia da consciência e de seu valor moral no aprendizado da virtude;
atravessando o deserto medieval, escancara-se a interioridade humana com a redefinição da economia da consciência: a moral cristã e seu sistema de crédito;
o racionalismo cristaliza o problema da consciência individual e da educação para o bem até Hegel; com esse autor irrompe o problema da moral objetiva: a questão se desloca da perspectiva do sujeito inserido num sistema de valores universalizante, para girar em torno de uma suposta vontade coletiva, cultural e histórica;
essa homogeneidade de uma vontade objetiva, coletiva e histórica, perde seu caráter intencional, para ganhar o caráter de processo heterogêneo com Nietzsche;
com esse autor o problema do poder se evidencia e a tal homogeneidade se dissipa; o que toma seu lugar é o embate das forças que constituem o poder maior da sociedade, é aí que se desenha a vontade coletiva, é o poder que instaura uma moral com suas leis e não o contrário;
com essa crítica o autor põe abaixo o método histórico, transformando-o de suposto método em matéria de genealogia, matéria do método genealógico;
a história é função: narra as aventuras heróicas do segmento atualmente no poder, do segmento que naturaliza a estrutura política do momento;

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