04 outubro 2005

fotografemas

não eziste senão a múzica para ser a arte como cosmos e traçar as linhas virtuais da variação infinita (1000 platôs 2:39)
admitindo de início nosso an-alfa-bet-ismo visual podemos retomar de assalto nossa gramática visual e nos reconhecermos como exímios leitores de imagens que somos. Se não fôssemos, não sobreviveríamos no mundo verbivocosonoro e plurisêmico, audiovisual e sinestésico em que estamos imersos.
O primeiro problema a ser colocado é a noção de leitura, tão influenciada pela verbalidade e sua articulação horizontal. A pluridirecionalidade da visualidade projeta uma leitura pautada na dinâmica da constelação. Os planos se superpõem e constelam as imagens contra seus fundos e os elementos que a circundam a partir dos centros do quadro, compondo campos de força.
Conforme propõe bakhtin, a verbalidade ganha tamanha proporção na construção do mundo humana, (tomando o lugar do desenvolvimento anterior que vinha se concentrando na postura e no polegar opositor, possibilitando o desenvolvimento de campos do cérebro a partir da precisão dos movimentos) devido ao signo verbal estar acoplado ao corpo humano, ser leve e prático.
A ciência das linguagens, a semiótica, visa definir o que são funtivos. São os funtivos que definem as relações e possibilitam a articulação da linguagem. As linguagens já são (em caráter inconsciente) utilizadas e transmitidas. A abordagem em que se projeta a apropriação de sua gramática, de sua articulação, de sua análise, da análise de seu funcionamento é o que interessa à semiótica. A análise seleciona os funtivos.
Para o idioma corporal, mauss seleciona uma série de regimes corporais diversos que podem conduzir aos funtivos. Gênero, faixa etária, socialidade, instituições etc. Sua análise pode guiar-nos na apropriação de imagens com possibilidades de leitura sujestivas.

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