13 setembro 2005

coletivos inteligentes

na introdução a ouvir o tempo esboça-se a experiência de elaboração, a tentativa de definição de um OO possível; o que se ouve ali são os esboços, balbucios talvez, de uma definição de todo o trabalho: de que forma se dá a experiência laboratorial dos coletivos de saber; o caráter laboratorial do OO forneceu o motor para a elaboração de uma proposta de design desse coletivo; tentou-se então definir linhas de fuga que nos deixassem entrever o alcance dessa experiência; esse constructo perceptivo, criativo, pensante, sensível busca vazão para expressar-se; a cada vez encontra canais mais puros de onde tem irrompido a criação desse agenciamento OO; esse agenciamento resulta da interação, da circulação, da reelaboração contínua de nosso saber; não podemos falar individualmente, não podemos ver com olhos individuais; nossa voz retumba longe, nossos olhos podem ver muito além da espessa nuvem de concreto que nos cerca; não é possível renunciar a essa máquina;
prosseguindo na proposta original opero com a noção central do trabalho do ouvir o tempo: o plural criativo; percebe-se que o processo criativo opera na zona limítrofe da ordem: não se obedece a ordenação psíquica que aprendemos na escola; o criativo é um devir em que o outro deixa pistas; ao longo de alguns anos operando em um coletivo de intervenção e saber, o Oimporama Orereko, operei em um desses complexos que constituem conhecimento de forma coletiva: para elaborar vivências de saberes: nadaram em rios, viajaram pela Serra do Mar, sorriram, comeram chipa, cantaram e dançaram muito em noites de frio e suor, ficaram em silêncio dentro do tempo guarani etc.; implodir com a obsessão objetiva de definir o sujeito de Estado: a experiência guarani a bordo dessa nave mãe: OO. proporcionou a vigência de devires em corpos e saberes escritos, palavras que proporcionam a proliferação de perspectivas;
imagem: O Pico do Jaraguá, de Evandro Carlos Jardim (gravura em metal).

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